A Evolução do Investidor Brasileiro. O quão evoluído você é?

Vamos aos fatos:

A grande maioria dos brasileiros não consegue controlar suas próprias finanças pessoais.

Em sua maioria, os brasileiros não conseguem sequer poupar.

E mesmo quando conseguem, investem essa poupança de forma inadequada, pois desconhecem as excelentes oportunidades de investimento que estão disponíveis no mercado nacional.

Se você se enquadra nessa descrição, e gostaria de mudar essa realidade, o primeiro passo seria reconhecer a necessidade de fazer algo.

Reconhecer o seu desconhecimento sobre finanças pessoais e/ou inexperiência para se organizar financeiramente representam um excelente ponto de partida.

Com esse reconhecimento, pode-se traçar os passos necessários para a construção de uma vida com mais controle financeiro.

Normalmente, esse processo de evolução de um investidor acontece em estágios, envolvendo um aprendizado contínuo sobre finanças e investimento.

Este artigo identifica quatro estágios de pessoas quanto a sua habilidade de controlar suas próprias finanças.

Com ele, você poderá identificar como você se caracteriza como investidor, e o que deve fazer para evoluir para uma situação de total controle sobre seus recursos financeiros.

Estágio 1: O não poupador

Essa é a fase em que as pessoas ainda não conseguiram organizar seus orçamentos no sentido de construir poupança.

Infelizmente, a maioria dos brasileiros se encontra nesse estágio inicial.

Para o não poupador, os pensamentos mais comuns são: “A vida é muito curta para não aproveitá-la ao máximo no presente” e/ou “Ganho pouco demais para poupar e investir”.

O que o não poupador deve aprender é que há uma solução. A evolução dessas pessoas está na organização de um orçamento pessoal, na definição de um percentual reservado para poupar, na não efetivação de gastos desnecessários e no investimento em educação, para aumentar renda.

Em artigos futuros abordaremos, detalhadamente, sobre estratégias de como conseguir organizar suas finanças pessoais.

Estágio 2: O investidor iludido

Esse investidor consegue gastar menos do que ganha, de forma consistente ou periodicamente. Assim, consegue construir uma poupança para realizar seus objetivos financeiros futuros.

Apesar disso, não realiza qualquer esforço para entender a melhor forma de guardar esse dinheiro. Por isso, prefere a simplicidade da poupança para manter seu dinheiro.

Normalmente, o investidor iludido pensa: “Não tenho tempo para estudar sobre finanças e investimentos”, “Tenho pouco dinheiro poupado, então não vale a pena buscar investimentos mais sofisticados”, “Não confio deixar meu dinheiro em produtos financeiros que não conheço” e/ou “A poupança é o investimento mais seguro”.

Nesse estágio, o investimento é realizado normalmente em Caderneta de Poupança e/ou em Títulos de Capitalização.

Os passos para esse investidor evoluir são: tirar o dinheiro desses investimentos e aplicar em outros produtos financeiros, mais rentáveis e igualmente seguros.

Estágio 3: O investidor desavisado

Esses investidores entendem que o investimento em poupança é um péssimo negócio. Assim, buscam conversar com o pessoal de seu banco de relacionamento a procura de produtos com maior rentabilidade.

Esses investidores confiam nas indicações do pessoal do seu banco e, por isso, aplicam seus recursos em produtos financeiros sem conhecer em detalhes suas características, a partir da indicação do seu gerente.

Eles não comparam as indicações de seu gerente com as oportunidades de produtos disponíveis em outros bancos e em corretoras de investimentos.

Os pensamentos mais recorrentes entre os investidores desavisados são: “Meu gerente conhece as melhores oportunidades de investimento” e/ou “Qualquer investimento é melhor do que a poupança”.

Assim, esse investidor aposta suas fichas em Fundos de investimento, Previdência privada (PGBL/VGBL), CDB e/ou LCI/LCA.

O que ele ainda descobrirá, quando evoluir, é que seus investimentos podem ser muito melhores. Para isso é necessário: procurar o gerente para entender as condições dos seus investimentos (taxas de administração, de carregamento, de saída, informações sobre tributação, entre outras características), parar imediatamente o aporte de novos recursos nos investimentos com taxas altas e condições desfavoráveis, planejar cuidadosamente o resgate dos recursos, tentando evitar perdas significativas nesse processo e estudar outros produtos financeiros, fora do âmbito do seu banco.

Estágio 4: O investidor consciente

Esse último estágio representa os investidores que aplicam seu dinheiro de forma adequada ao seu perfil e aos seus objetivos, normalmente em produtos mais sofisticados, fora do seu banco de relacionamento. São pessoas que decidiram assumir plenamente o controle sobre seu dinheiro, buscando todas as informações disponíveis para tomar a melhor decisão financeira.

Eles estudam para entender detalhadamente as características de cada produto financeiro disponível, utilizam a indicação do pessoal de seu banco somente como mais um elemento no seu processo de decisão, pois consideram que o banco pode ter (e tem) interesses que são conflitantes com os seus como investidor.

Esses investidores avaliam seus objetivos pessoais e as condições econômicas para escolher os melhores produtos financeiros. Comparam os produtos de diversos bancos e corretores de investimento. Perguntam, avaliam e refletem longamente, usando a razão, e não a emoção, para decidir onde e como investir. Ele busca oportunidades de investimento fora de seu banco e estuda produtos de investimento menos conhecidos.

É comum que esse investidor pense: “Ninguém irá controlar o meu dinheiro melhor do que eu”, “Não confio cegamente nas indicações de investimento de ninguém, pois todos têm interesses e objetivos diferentes dos meus”, “O interesse do meu banco é ganhar dinheiro pra ele, não pra mim”.

Os investimentos realizados pelo investidor consciente são normalmente em Tesouro Direto, em Produtos financeiros (fundos de investimento, CDB, LCI, LCA) fora do seu banco, em Fundos imobiliários, em Ações/ETFs e/ou em Debêntures.

Publicaremos nesse blog, no futuro, informações detalhadas sobre todos esses produtos financeiros.

Apesar de ser esse o último estágio aqui descrito, esse investidor pode evoluir com a continuação dos estudos, especialmente para conhecer os novos produtos financeiros e com a implantação de estratégias de diversificação e alocação de ativos.

Agora que já aprendeu quais os estágios dos investidores, responda as perguntas:

Em que estágio você se encontra? Coloque nos comentários abaixo.

Gostaria de avançar no sentido de alcançar total consciência como investidor e assumir efetivamente o controle sobre seu dinheiro?

Nesse caso, só existe um caminho, o da educação. Mais precisamente, o da Educação Financeira. Afinal de contas, ninguém conseguirá cuidar melhor do seu dinheiro do que você mesmo.

Se quer ajuda nesse processo, se inscreva em nossa Newsletter, no formulário abaixo:

Jerffeson Teixeira de Souza, Ph.D.
Fundador e Editor do Blog “Meu Educador Financeiro”

 

12 comentários

  1. “Ganho pouco demais para poupar e investir”. Me identifiquei imediatamente com esta frase, me pondo no estágio 1. Assim, pergunto: é realmente possível a partir de uma renda relativamente pequena (com um mínimo viável, é claro) “aventurar-se” no mundo do investimento de forma a controlar nosso poder financeiro? Vários fatores como impostos e gastos emergenciais não interferem nesse processo?

    Parabéns pela iniciativa Prof. Jerffeson, espero que tenha muito sucesso.

    1. Olá Edgard,

      os bons hábitos financeiros precisam ser cultivados por todos, independente de renda. Organize seu orçamento, evite despesas supérfluas, não se endivide e incorpore a cultura de poupar, mensalmente, mesmo que um valor pequeno. Recomendo o Tesouro Direto como forma de ingressar no mundo dos investimentos. Lá você pode iniciar com 30 reais, e será uma grande oportunidade de aprender.

  2. Excelente iniciativa. Eu mesma por diversas vezes ja fui conversar com minha gerente para saber informacoes sobre as melhores aplicacoes financeiras e o resultado é tao desestimulante que fica nitida a falta de interesse em nos ajudar a construir essa consciência financeira.
    Obg por compartilhar seus conhecimentos com quem esta tentando gerir sua vida financeira!

  3. Adorei a ideia do blog. Esta iniciativa é realmente muito interessante para a mudança de consciência das pessoas. Parabéns!

  4. Parabéns professor pela iniciativa. Estou precisando urgentemente me educar financeiramente. Trabalho, trabalho, mas nunca tive uma boa saúde financeira. É o senhor mesmo quem escreve os artigos?

    1. Obrigado Washington.

      Fico feliz que tenha nos encontrado. Siga o blog e assine nossa Newsletter, que você receberá as informações necessárias para conquistas sua saúde financeira.

      Os artigos publicados no blog são de minha autoria, com exceção de 1 artigo por mês que será de autoria de algum colaborador.

  5. Jerfferson!
    Parabéns pelo blog! Os artigos são didáticos e bastante oportunos para quem quer desenvolver educação financeira.
    Que tal você fazer uma simulação de geração de riqueza pessoal para quem já é profissional e está no mercado há muitos anos, como nós, professores?
    Serei a primeira a ler!

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